- 01 _
O GRANDE APELO
Quando olho nossa caatinga
Das colinas ao outeiro,
Eu vejo a árvore sagrada,
O nosso velho umbuzeiro.
Umbuzeiro, árvore sagrada,
Nativa deste sertão,
Nasceu em tempos antigos,
Antes da colonização.
Foi o Brasil descoberto
Por gente do estrangeiro,
Ao descobrirem o Brasil
Já encontraram o umbuzeiro.
-02-
Com aquele Brasil moderno,
Sem gente pra depredar,
O umbuzeiro nascia
Para se multiplicar.
O umbuzeiro era o cartão
De visita da caatinga,
Na sombra de sua copa
Brincavam velhos e meninos.
Com o Brasil colonizado,
A população cresceu,
E foram descobrindo
Os frutos do umbuzeiro.
- 03 -
Os frutos do umbuzeiro
Eram doces, eram suaves,
Por isso que os nativos
Chamaram-no, árvore sagrada.
Mas o tempo foi passando,
Começou a criação
E o umbu Já servia
Para a alimentação.
Tudo era muito bom,
Tudo foi bom no começo,
Até quando começaram
A maltratar o umbuzeiro.
- 04 –
Umbuzeiro, árvore sagrada,
Não merece isso não,
Pois ele dá o alimento
Pros bichos e pra o cidadão.
Porque tal judiação
Á essa árvore tão frondosa?
Que já entrou na poesia,
Seja em verso ou seja em prosa.
Não matem nossa caatinga,
Tenham dela compaixão,
A caatinga vai morrendo,
Ficando nu o sertão.
O GRANDE APELO
Quando olho nossa caatinga
Das colinas ao outeiro,
Eu vejo a árvore sagrada,
O nosso velho umbuzeiro.
Umbuzeiro, árvore sagrada,
Nativa deste sertão,
Nasceu em tempos antigos,
Antes da colonização.
Foi o Brasil descoberto
Por gente do estrangeiro,
Ao descobrirem o Brasil
Já encontraram o umbuzeiro.
-02-
Com aquele Brasil moderno,
Sem gente pra depredar,
O umbuzeiro nascia
Para se multiplicar.
O umbuzeiro era o cartão
De visita da caatinga,
Na sombra de sua copa
Brincavam velhos e meninos.
Com o Brasil colonizado,
A população cresceu,
E foram descobrindo
Os frutos do umbuzeiro.
- 03 -
Os frutos do umbuzeiro
Eram doces, eram suaves,
Por isso que os nativos
Chamaram-no, árvore sagrada.
Mas o tempo foi passando,
Começou a criação
E o umbu Já servia
Para a alimentação.
Tudo era muito bom,
Tudo foi bom no começo,
Até quando começaram
A maltratar o umbuzeiro.
- 04 –
Umbuzeiro, árvore sagrada,
Não merece isso não,
Pois ele dá o alimento
Pros bichos e pra o cidadão.
Porque tal judiação
Á essa árvore tão frondosa?
Que já entrou na poesia,
Seja em verso ou seja em prosa.
Não matem nossa caatinga,
Tenham dela compaixão,
A caatinga vai morrendo,
Ficando nu o sertão.
- 05 -
O umbuzeiro não nasce mais,
E se nascer não se cria,
Pois os bichinhos famintos,
Das plantas novas saciam-se.
O fruto do umbuzeiro
O umbu, é tradição,
Pros bichos é alimento,
Para o homem é produção.
Nossa gente trabalhando
Unidos como parceiros,
Todos juntos empenhados
Em salvar o umbuzeiro.
- 06 -
O umbuzeiro faz parte
Da vida do sertanejo,
Na sombra descansa o bode,
Também descansa o vaqueiro.
Vamos salvar a caatinga
E o umbuzeiro do sertão,
Pois, se a caatinga morre,
Não temos mais umbu não.
Se não temos mais umbu,
Não temos mais umbuzeiros,
E a caatinga sem umbu
É sinal de desespero.
- 07 -
Por isso estou apelando
À todos os sertanejos,
Imaginem uma caatinga
Sem um pé de umbuzeiro.
Se o umbuzeiro morre
Não teremos mais umbu,
Se a caatinga morrer
O sertão vai ficar nu.
Por isso bons sertanejos,
Que contemplam esse chão,
Não deixem morrer o símbolo
Que representa o sertão.