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PEAMSS - Projeto de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano/Empresa Baiana de Águas e Saneamento (SEDUR/EMBASA) e executado pela Fundação Juazeirense para o Desenvolvimento Científico, Tecnológico, Econômico, Sócio-cultural e Ambiental (FUNDESF), ligada a Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Trata-se de um projeto piloto, que possivelmente pode ser reaplicado no próximo ano, em outros municípios do Estado. Visa entender um pouco sobre as questões socioambientais, refletir sobre os lugares onde vivem e se mobilizarem para abrir o diálogo com o Poder Público na gestão participativa do saneamento. Endereço: Avenida Pedro Ribeiro, S/N - Centro / Uauá - BA CEP. 48.950-000 Tel: (74) 9996-8795 (Jussara) (74) 9968-3169 (Jacira) (74)9979-6298 (Dôra) (74)9980-7933 (Sandra).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Poeta uauaense João Aleixo Rodrigues, popularmente conhecido como "Dãozinho" lança cartilha sobre o meio ambiente!


- 01 _

O GRANDE APELO

Quando olho nossa caatinga
Das colinas ao outeiro,
Eu vejo a árvore sagrada,
O nosso velho umbuzeiro.

Umbuzeiro, árvore sagrada,
Nativa deste sertão,
Nasceu em tempos antigos,
Antes da colonização.

Foi o Brasil descoberto
Por gente do estrangeiro,
Ao descobrirem o Brasil
Já encontraram o umbuzeiro.


-02-
Com aquele Brasil moderno,
Sem gente pra depredar,
O umbuzeiro nascia
Para se multiplicar.

O umbuzeiro era o cartão
De visita da caatinga,
Na sombra de sua copa
Brincavam velhos e meninos.

Com o Brasil colonizado,
A população cresceu,
E foram descobrindo
Os frutos do umbuzeiro.


- 03 -

Os frutos do umbuzeiro
Eram doces, eram suaves,
Por isso que os nativos
Chamaram-no, árvore sagrada.

Mas o tempo foi passando,
Começou a criação
E o umbu Já servia
Para a alimentação.

Tudo era muito bom,
Tudo foi bom no começo,
Até quando começaram
A maltratar o umbuzeiro.


- 04 –

Umbuzeiro, árvore sagrada,
Não merece isso não,
Pois ele dá o alimento
Pros bichos e pra o cidadão.

Porque tal judiação
Á essa árvore tão frondosa?
Que já entrou na poesia,
Seja em verso ou seja em prosa.

Não matem nossa caatinga,
Tenham dela compaixão,
A caatinga vai morrendo,
Ficando nu o sertão.

- 05 -

O umbuzeiro não nasce mais,
E se nascer não se cria,
Pois os bichinhos famintos,
Das plantas novas saciam-se.

O fruto do umbuzeiro
O umbu, é tradição,
Pros bichos é alimento,
Para o homem é produção.

Nossa gente trabalhando
Unidos como parceiros,
Todos juntos empenhados
Em salvar o umbuzeiro.


- 06 -

O umbuzeiro faz parte
Da vida do sertanejo,
Na sombra descansa o bode,
Também descansa o vaqueiro.

Vamos salvar a caatinga
E o umbuzeiro do sertão,
Pois, se a caatinga morre,
Não temos mais umbu não.

Se não temos mais umbu,
Não temos mais umbuzeiros,
E a caatinga sem umbu
É sinal de desespero.


- 07 -

Por isso estou apelando
À todos os sertanejos,
Imaginem uma caatinga
Sem um pé de umbuzeiro.

Se o umbuzeiro morre
Não teremos mais umbu,
Se a caatinga morrer
O sertão vai ficar nu.

Por isso bons sertanejos,
Que contemplam esse chão,
Não deixem morrer o símbolo
Que representa o sertão.

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